terça-feira, 22 de junho de 2010

A Importância da Literatura

A literatura no Brasil exercia desde o século XIX inúmeras funções, particularmente para os grupos sociais elitizados: Era a mais elegante forma de lazer; era a principal fonte de conhecimento humano; era o reflexo da nação e o modelo mais polido do idioma pátrio. A partir da década 60 ocorreram uma importante universalização e democratização do ensino, permitindo que outras classes tivessem acesso ao saber. Porém a população mas pobre não tinha o hábito e nem o acesso fácil aos livros. E antes que o universo da leitura fosse incorporado ao cotidiano da população, o mundo todo foi impactado pelo grande “boom” das tecnologias. Esse grande desenvolvimento tecnológico estava centrado na televisão e no disco, que conquistaram de imediato a maior parte da população recém-alfabetizada.
As necessidades de lazer, entretenimento e informação foram preenchidas por meios audiovisuais. E a leitura perdeu o espaço que ainda não havia sido conquistado pela maior parte da população, tornando-a uma atividade refinada e de alguns poucos interessados. Até mesmo as elites abandonaram parcialmente o interesse pela leitura, trocando-a por uma arte digestiva e mais fácil, produzida pelos meios de comunicação de massa.
Atualmente é visível o fato de que as tecnologias dominaram e se tornaram o maior meio de divulgação do conhecimento. Porém apesar deste grande apelo tecnológico é curioso observar que nunca foram produzidos tantos livros como atualmente. Alguns motivos se dão pelo fato de que os jovens que buscam crescimento intelectual, principalmente para vencer no mercado de trabalho, estão cada vez mais procurando o aprofundamento no universo literário. Há também um grande investimento em produções televisivas e cinematográficas baseados em livros, que proporcionam um promissor e lucrativo relacionamento para ambos os lados, tanto para as editoras quanto para as produtoras de cinema e de televisão. Outros aspectos a se considerar são os preços cada vez mais acessíveis, as possibilidades de se comprar e baixar gratuitamente livros pela internet, os e-books que podem ser carregados para todos os lados e que podem conter várias histórias em um único aparelho sem aumentar o peso da mochila, as reedições de clássicos da literatura em forma de quadrinhos e mangás, atraindo os jovens a embarcarem no universo literário com a leitura mais fácil e com muitos recursos visuais.
O Fato é que a literatura não é mais grande foco da sociedade. porém é indubitavelmente o meio considerado “antigo” mais atual. Esse contraponto dá se ao fato de que a Literatura se adequa a sociedade, se reinventa, quebra paradigmas, fala da realidade da sociedade, muda modelos preestabelecidos... Hoje é possível ver que a literatura é, e sempre vai ser, o reflexo da sociedade. Pois o homem possui a necessidade de se expressar, de criar mundos onde os sonhos são possíveis, ou onde a realidade pode ser desabafada.
Acredito que apesar do grande apelo das tecnologias, que apresentam imagens prontas, a literatura vai sempre ter seu espaço na sociedade pois há no homem a total necessidade de imaginar, criar e recriar o seu próprio universo e isso só o livro pode dar. 

Novo final: A Carteira – Machado de Assis

Após sair da cafeteria , Honório resolveu abrir a carteira novamente, pois o desejo de pagar as dívidas era maior que a amizade devotada a Gustavo. Ao abrí-la, ficou curioso para saber sobre do que tratavam aqueles bilhetes e se havia algum bilhete de amor, afinal Gustavo nunca havia lhe apresentado nenhuma namorada,. Na verdade, Honório achava Gustavo um tanto estranho pois, como podia um homem jovem de trinta anos não ter esposa e filhos sendo rico e tão cobiçado pelas mulheres nos bailes que frequentava?
Ao abrir o primeiro bilhete, Honório observou um número de telefone e um nome, José, e logo lembrou que Gustavo tinha um irmão com esse nome. No segundo bilhete havia o endereço de um excelente alfaiate. Ao abrir o terceiro bilhete, Honório percebeu que era de um médico, pois o garrancho era quase ilegível. Mas, foi o quarto bilhete que realmente lhe chamou a atenção: havia um perfume familiar impregnado no papel, uma marca de batom cor de vinho do lado de fora, e ao observar as primeiras letras percebera que se tratava de um bilhete de amor.
- Agora saberei quem é a dama que Gustavo esconde.
Isso aliviava muito Honório, pois desconfiara que Gustavo poderia ter algum problema , parecia não se interessar por mulheres.
Ao ler as duas primeiras linhas, Honório pensou conhecer aquela letra tão bonita e arredondada, por um instante pensou bem e fechou o bilhete. Afinal, aquilo era uma invasão de privacidade e Gustavo era seu amigo.
Honório caminhou pelo Largo de S. Francisco de Paula e voltou para a Rua Uruguaiana. Parou, pensou em suas dívidas, andou mais um pouco, pensou em Gustavo, depois pensou que talvez aquele dinheiro não fizesse tanta falta ao amigo. Pensou em quem seria aquela mulher do bilhete, pensou também que conhecia aquele perfume, aquela cor de batom, aquela letra, e finalmente caminhou em direção à sua casa pensando em uma forma de pagar suas dívidas. Se soubesse o nome da mulher do bilhete poderia chantagear o amigo e conseguir algum dinheiro pelo silêncio. Mas Honório não era um homem desonesto, não tinha coragem de fazer mal às pessoas , quanto mais à seu amigo. Sua dívida não poderia corromper sua moral e ética, sua elegância obtida em anos de estudo não poderia ser maior que seu desespero financeiro.
Ao chegar em casa , Honório se deparou com Gustavo e sua mulher, D. Amélia, sentados no sofá de um modo muito íntimo, com as mãos sobrepostas rápidamente recolhidas ao vê-lo entrar pela sala. Honório sentiu o perfume de sua mulher que inundava a sala, seus sentidos reconheceram logo aquele perfume, aquela letra e aquela marca de batom eram de sua esposa D. Amélia. Por um intante a garganta de Honório secou, os olhos se esbugalharam, seu rosto começou a suar, e se deu conta de que a mulher misteriosa de Gustavo era aquela que ele chamava de esposa. Honório respirou fundo e foi mudar de toilette. Ao retornar, beijou a esposa, entregou a carteira à Gustavo. Antes que Gustavo pudesse agradecer saiu porta afora. Quando Gustavo abriu a carteira observou que não havia mais seus setecentos e trinta mil-réis, no lugar deles havia um bilhete , ao abrir percebeu que era a letra de Honório , e leu:
“Obrigado por ser meu amigo de longa data, te agradeço pelo belíssimo presente. Cuide bem de minha esposa. Estarei de férias no Recife. Mando aos dois um postal.
Honório.”

sábado, 30 de maio de 2009

Charles Chaplin

Ei! Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...

Mostre aquilo que você é, sem medo.

Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.

Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.

Ei! Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.

Não feche os olhos para a sujeira do mundo, não ignore a fome!

Esqueça a bomba, mas antes, faça algo para combatê-la, mesmo que se sinta incapaz.

Procure o que há de bom em tudo e em todos.

Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.

Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.

Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.

Ei! Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...

Você já tornou alguém feliz hoje?

Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?

Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.

Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.

Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.

Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.

Ei! Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.

Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo,

Mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.

Ei! Descubra! Descubra aquilo que há de bom dentro de você.

Procure acima de tudo ser gente, eu também vou tentar.

Ei! Você... não vá embora.

Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

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Smile


Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Naturalismo


O Naturalismo surgiu na França na segunda metade do século XIX , mas precisamente em 1870, com a publicação da obra “Germinal” de Émile Zola. (O livro fala das péssimas condições de vida dos trabalhadores das minas de carvão na França do século XIX”.)

Mudanças que ocorreram na Europa na segunda metade século XIX:

- 2ª fase da Revolução Industrial - novas tecnologias;
- Desenvolvimento do pensamento Científico ;
- Divulgação das doutrinas Filosóficas;
- Darwin lança sua teoria do Evolucionismo.

“Esses acontecimentos trouxeram um novo pensamento, em oposição aos ideais Românticos”.


Características do Naturalismo:


- Analisa o comportamento humano e social apontando saídas e soluções;
- Mostra o homem como produto de forças “naturais”;
- Desenvolve temas voltados para a análise do comportamento patológico do homem, suas taras sexuais e seu lado animalesco.


Traçando um paralelo entre Realismo e Naturalismo:

- O Realismo é voltado para analise psicológica e critica da sociedade a partir de determinados personagens. É documental e mostra preocupação com e indivíduo;

- O Naturalismo é voltado para análise social a partir de grupos humanos marginalizados, mas valorizando o coletivo, enfatiza a natureza animal do homem.

Os dois atacam a monarquia, o clero, a sociedade, a burguesia, aliás é possível que um
mesmo autor, use os dois enfoques como O Ateneu - Raul Pompéia

O Naturalismo é considerado uma radicalização do Realismo.


Naturalismo no Brasil:

Considera-se 1881 como o ano inaugural do Naturalismo no Brasil com a publicação da 1ª obra fundamental: O Mulato > Aloísio Azevedo

“O livro causou impacto na sociedade, principalmente entre o clero e a alta
sociedade de São Luís do Maranhão. O Mulato aborda temas como o
puritanismo sexual, o anticlericalismo e o racismo.”


O Romance Naturalista foi cultivado no Brasil por Aluísio Azevedo e Júlio Ribeiro. A narrativa Naturalista é marcada pela análise social a partir de grupos humanos marginalizados em que se valoriza o coletivo. Os temas Naturalistas mostram essa mesma preocupação, O Mulato, O Cortiço, Casa da Pensão...
Outra grande influencia do Naturalismo no Brasil são as teorias de Darwin que enfatiza a natureza animal do homem; isto é a razão vem depois dos instintos como o sexo. A constante repressão das classes dominantes leva a taras pornográficas, ousadias, descrições minuciosas de atos sexuais. Fala também de temas proibidos como homossexualismo, masculino em O Ateneu, e feminino em O Cortiço.

Principais Autores:


- Inglês de Souza

Em 1891, Inglês de Souza publicou “O Missionário”, obra que aborda a influência do meio sobre o individuo.


- Adolfo Caminha

Publicou a obra “A Normalista”, em 1892 que falam sobre desvios sexuais e mais especificamente, o homossexualismo, E “O bom Crioulo”, em 1895.


Aluísio Azevedo:

Com a publicação de “O Mulato” (1881), Aluísio Azevedo inaugura o Naturalismo no Brasil. Em 1890, o Naturalismo atinge o seu ápice com a publicação de “O Cortiço” (obra repleta de personagens marginalizados) que o consagrou como o principal escritor Naturalista brasileiro.

“'Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de Abril de 1857, em São Luís do Maranhão. Teve influencias do materialismo positivista, e passou a escrever artigos políticos, atacando os conservadores, o clero e a tradicional sociedade maranhense. Sua obra é vista como irregular por diversos críticos, uma vez que oscilava entre o Romantismo açucarado, com cunho comercial e direcionado ao grande público, e outras mais elaboradas, pois deixava a sua marca de grande escritor naturalista.”



O Cortiço:

Principal obra do Naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os excluídos, os humildes, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, e todos eles possuindo os seus problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem. O autor descreve a sociedade brasileira da época, formada pelos portugueses, os burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro e poder, pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a simplicidade de outros. O cortiço também é ostensivamente personificado no decorrer da obra, sendo muitas vezes tratado como um único personagem ("Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.", capítulo III).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Curiosidades lingüísticas



1- Todos os anos, milhões de pessoas no mundo --inclusive professores de inglês-- se perguntam por que raios as estatuetas dadas como prêmio pela Academia de Hollywood se chamam "Oscar". Segundo explica Márcio Bueno, autor do livro A origem curiosa das palavras, em 1931 a secretária-executiva da entidade olhou a estátua --oficialmente chamada de "Academy Award of Merit" e disse: "Ele se parece com o meu tio Oscar". E o apelido pegou, a princípio apenas nos bastidores do concurso. Foi em 1934 que o termo passou para os jornais através da coluna de um crítico cinematográfico, tornando-se assim conhecido do grande público.

2- Nem só de doenças vivem as epidemias e pandemias. O horroroso, pseudo-intelectual e pernóstico "a nível de" já infesta, além do português, o francês (au niveau de), o espanhol (a nivel de) e o italiano (a livelo de). Segundo o professor e doutor Cláudio Moreno, que escreveu um interessantíssimo artigo sobre o assunto no Jornal Zero Hora de 26/08/03, o "a nível de" deixa o usuário confiante, orgulhoso, crente de que está abafando. Essa é uma das chaves da popularidade da expressão, que "serve em qualquer fechadura" e poupa o usuário de escolher a forma mais adequada para cada frase entre locuções como em relação a, quanto a, no que se refere a, relativamente a, no que tange, no que respeita, no âmbito, numa escala, na esfera, no que concerne, no ponto de vista de.

3- As nossas amigdalas, carnes esponjosas que protegem de infeção o sistema respiratório, têm esse nome em função da sua forma, que lembra duas amêndoas (amygdalas, em latim). Conforme a explicação de Márcio Bueno, autor de "A origem curiosa das palavras", o termo se manteve quase inalterado porque chegou aos dias atuais por via culta (sobretudo através de profissionais da área médica). Já o nome da fruta em si mudou bastante porque, ao ser transmitido oralmente através das gerações, sofreu influências e modificações até se tornar "amêndoa" em português.

4- A palavra morcego tem sua origem no português antigo, em que rato era chamado de "mur". Mur cego era, portanto, um rato cego. Os morcegos tem, de fato, uma visão bem limitada, mas a compensam com um sistema de gritos ultrasônicos que funcionam como um radar com o qual mapeiam com precisão o ambiente.

5- A palavra latina mediocris, que deu origem ao termo "medíocre", em português, originalmente não tinha uma conotação pejorativa. Significava, simplesmente, médio ou mediano. Também ordinário, cuja cognata no inglês (ordinary) quer dizer "comum", acabou adquirindo em português um sentido negativo. Pelo jeito, o que é médio e comum não é bom o suficiente para nós!

6- Algumas palavras, apesar de bastante diferentes em duas línguas, podem seguir a mesma lógica. 'Sombrinha" em português, por exemplo, pode dar a impressão que não tem nada a ver com a palavra "umbrella" em inglês. Até aprendermos que umbro quer dizer sombra, em latim. A propósito, a palavra "penumbra" significa "quase (pen) na sombra".

7- A criatividade dos falantes nativos da língua inglesa é um problema para os lexicógrafos, ou seja, os autores de dicionários. Segundo estimativa de Graeme Diamond, editor do Oxford English Dictionary (OED), cerca de 3 mil palavras são criadas por ano em inglês. Como não se sabe quais termos vão cair no esquecimento e quais vão ser incorporados ao vocabulário das pessoas, o critério do OED é que uma palavra ou expressão precisa ser usada por no mínimo cinco anos por uma parcela significativa da população para que se considere incluí-la.

8- A palavra informática é uma das poucas, na área da computação, que não veio do inglês. O nome, uma combinação de informazione com matemática, foi criado ainda na década de 70 pelos italianos.

9- Não são apenas os animais correm o risco de extinção: várias línguas faladas no mundo também estão ameaçadas de serem erradicadas do planeta. Consideram-se línguas ameaçadas de extinção aquelas que têm menos de 100 mil falantes. Por esse critério, cerca da metade das quase 6.000 línguas faladas no mundo, aí incluídas todas as línguas indígenas do Brasil, correm o risco de desaparecer.

10- A palavra whiskey, já aportuguesada para uísque, veio do Gaélico que, por sinal, é uma das línguas ameaçadas de extinção de que falávamos acima. O gaélico é falado na Irlanda e na Escócia pelos Celtas. Em gaélico, uisge significa água.

11- A palavra Atlas, usada em várias línguas para designar a coleção de mapas que registram a geografia do planeta, vem do grego. Era o nome de um titã que, castigado pelos deuses, devia suportar o mundo, carregando-o nos ombros. Na mitologia grega, os Titãs eram gigantes que lutavam contra Júpiter.

12- Uma das cenas mais marcantes da copa de 2002 foi o Cafu levantando a taça e declarando o seu amor à mulher, Regina. Regina, em latim, significa rainha. Pelo jeito a Regina de Cafú não poderia ter um nome mais adequado, pois reina com toda a certeza no coração do jogador.

13- O húmus, aquela terra preta que é fonte de matéria orgânica para a nutrição do solo, tem a mesma origem etmológica das palavras humildade e humilde. Em latim, humus quer dizer chão, dando origem ao adjetivo humilitas, "que está no chão". Humble, a palavra humilde em inglês e em francês, tem a mesma etimologia.

14- Há na cidade do Rio de Janeiro um bairro chamado Ilha de Guaratiba. É um bairro interiorano, não é uma ilha. As terras teriam pertencido a um inglês chamado William. De corruptela em corruptela, virou ilha: William, Uiliam, uília, ília, ilha. (Colaboração: Lúcio Wandeck)

15- A palavra "deliberar" vem de libra, que, como todos os simpatizantes por astrologia sabem, significa balança em latim. Deliberar é, pois, decidir depois de "pesar" os diferentes argumentos de uma questão.

16- A palavra "quadro negro" é duplamente equivocada. Primeiro, porque poucos quadros ainda são negros; segundo, porque "quadru", em latim, significa quadrado, e a maioria dos quadros (verdes, brancos) usados nas escolas são, de fato, retangulares.

17- A palavra "pederasta" nem sempre teve uma conotação negativa. De paidós (criança, em grego) e erastés (apaixonado), originalmente denotava a relação afetuosa entre mestre e aluno, marcada pela admiração.

18- A etimologia de algumas palavras pode nos enganar. A palavra palmatória, significando o instrumento de punição tão temido nas salas de aula de antigamente, não vem de "palma" da mão, como se poderia esperar. Palmatoria é palmeira em latim. Dessa árvore fazia-se a palmatoria ferula, ou varinha de palmeira, com que também se aplicavam castigos físicos.

19- A expressão "Eureca!" deveria ser escrita "Heureca!", segundo os dicionários Aurélio e Houaiss que, no entanto, consideram ambas as grafias corretas. Em outras línguas, a expressão de alegria supostamente usada por Arquimedes ao descobrir a lei do empuxo é escrita com "H" no início e "k" na última sílaba, já que vem do verbo heurisko ("achar ou descobrir, em grego). Heureca é uma conjugação desse verbo, mais precisamente a 1a. pessoa singular do pretérito. Literalmente, portanto, significa "Achei!" ou "Descobri!".

20- Xerox não é, como se poderia pensar, o sobrenome do seu inventor. Na verdade, as cópias xerográficas foram inventadas por uma dupla de físicos, Chester Karlson e Otto Kornei, em 1948. O termo vem do grego Kserós, que significa seco. Diferentemente dos processos fotográficos até então convencionais, a xerografia não usa líquidos de revelação. (Fonte: A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta).

21- As notas musicais foram criadas por um monge em Toscana, na Itália, por volta de 1030. O monge Guido, mestre do coro da catedral de Arezzo, utilizou-se das primeiras sílabas dos versos de um hino a São João Batista: ut, re, mi, fa,sol, la. No século XVII, foi acrescentada a sétima nota, si, iniciais de Sancte Ioaness (São João). Só no século XVIII a primeira nota mudou de ut para dó. (Fonte: A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta)

22- O tchocolati fabricado pelos astecas, que deu o nome ao nosso apreciado chocolate (outra palavra cognata em diversos idiomas), era bastante diferente do chocolate que conhecemos e apreciamos atualmente. Além de líquido e quase tão escuro quanto café preto, era temperado com especiarias.

23- O "Rom" do CD-rom é uma sigla para "read-only memory", ou seja, memória apenas para leitura. Acho importante frisar que a pronúnia correta é "rôm" e não "rum", como freqëntemente se ouve, inclusive de professores de inglês.

24- Freqüentemente associa-se a malária a países tropicais. O nome da doença, entretanto, vem do italiano mal'aria, ou ar ruim. A doença foi por muito tempo associada à cidade de Roma, pois havia, nos arredores da cidade, pântanos que eram verdadeiros berçários para os mosquitos.

25- O prosaico jogo de Dominó pode ter um nome "divino". É que, embora tenha sido inventado na China dois séculos antes de Cristo, era um jogo muito apreciado pelos monges medievais. A cada boa jogada ou quando venciam a partida, eles agradeciam: Domino Gratias! ou Graças a Deus!

26- O prefixo grego tele, que significa longe ou distante, está presente em inúmeras palavras que são cognatas em várias línguas, como telefone (tele + phone= som distante), telescópio (tele+ scopos=observador distante), telegrama (tele + gramma= letra distante) e telepatia (tele + pathos= sentimento distante). (Fonte: Idiomas: Histórias Interessantes das Linguas, de Amir Mattos).

27- A palavra decibel (um décimo de Bel, que é uma medida de som) é uma homenagem ao inventor do telefone, Alexander Graham Bell.

28- O nome Japão vem do chinês Ji-pen (raiz do sol), já que os antigos chineses acreditavam que o sol nascia nesse país. Até hoje, o Japão é conhecido como como "a terra do sol nascente". Em japonês, "raiz do sol" é ni-hon, ou Nippon. Daí o adjetivo nipônico, desigando aquilo que é relativo ao Japão.

29- Túlipa ou tulipa são as duas pronúncias possíveis em português do nome da flor, conforme se aproxime a palavra do inglês tulip ou do francês tulipe. Porém, são o italiano tulipano (m.) e o castelhano tulipán (m.), os nomes que estão mais perto da sua etimologia, tülbend, a palavra turca para turbante. De fato, as túlipas têm a forma de um turbante invertido, e daí o seu nome. A tulipa foi trazida da Pérsia para a Holanda, em 1593, pelo botânico francês Charles de l'Ecluse conhecido sob o nome de Carolus Clusius. (Fonte: prof. Arlindo Correia).

30- A palavra grega que originou o atualíssimo termo "clone" significa broto. Biologicamente falando, clone é a cópia idêntica de um ser vivo produzida artificial e assexuadamente. A prática da clonagem, entretanto, não é nova; já nos anos 50 os embriologistas conseguiram clonar sapos adultos a partir de uma única célula.

31- Chá, em inglês, é tea, certo? Não necessariamente. Na Inglaterra, a palavra chá também existe e é usada, às vezes como um "r"a mais (char). Tanto chá quanto tea originaram-se na China, mas a partir de línguas diferentes do país. Chá veio do mandarin (ch'a) e tea veio de um dialeto do chinês (t'e). O Mandarin é falado principalmente no norte da china e pelas pessoas mais educadas do país.

32- O termo graffiti é o plural de graffito, que, em italiano, significa rabisco. Os primeiros a utilizar a palavra no sentido que é conhecido internacionalmente foram os arqueólogos, no século XIX, para designar as inscrições e desenhos realizados nas paredes, muralhas e monumentos das antigas cidades.

33- As garrafas plásticas recicláveis de refrigerantes são chamadas garrafas PET. Esse termo, apesar de ter se originado do inglês, nada tem a ver com "pet" no sentido de animal de estimação. PET é uma sigla para Poly Ethylene Terephthlate ou, em português, politereftalato de etileno. Explicou-me o prof. Marcos L. Dias que um polímero é um material formado de moléculas muito grandes, que tem na sua estrutura química unidades que se repetem (poli=muitos e mero=partes). Os plásticos, borrachas e fibras sintéticas (as chamadas fibras de poliéster) são polímeros.

34- Alguns termos científicos têm origens bem pouco científicas. A palavra "bactéria", por exemplo, vem de backterion, que é o diminuitivo em grego de baktron, galho. Ao observar pela primeira vez as bactérias no microscópio, aproximadamente em 1847, os cientistas acharam-nas muito parecidas com galhinhos, e resolveram batizá-las de acordo.

35- A palavra "gringo", para desigar cidadãos dos Estados Unidos, provavelmente se originou da cor verde dos uniformes americanos durante a guerra contra o México. Seria uma modificação uma dessas duas possibilidades: "Green, go" (Verdes, vão embora) ou "green coat" (os homens de) casaco verde. Segundo a Encyclopedia of Word and Phrase Origins, de Robert Hendrickson, a palavra pode ainda ter se originado de uma música cantada pelos americanos durante essa mesma guerra que começaria pelo verso "Green grow the rashes O". Finalmente, havia ainda um major americano de nome "Ringgold", que se parece com a pronúncia de gringo sem o "g". em algumas regiões do Brasil, "gringo" também se aplica a estrangeiros de outras nacionalidades além da americana, ou mesmo a pessoas de pele muito clara.

36- A palavra Laser é uma sigla que significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Se a sigla existisse em português, seria ALEER (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada da Radiação).

37- De acordo com a Bíblia, em Gênesis, no princípio todos os homens da terra falavam a mesma língua. Os habitantes da cidade de Babel, entretanto, teriam decidido construir uma torre até o céu, o que atraiu a ira de Deus. Como punição, Ele confundiu a língua de todos, criando os vários idiomas que nós conhecemos hoje. Babel e Babilônia são a mesma cidade.

38- Para os surdos congênitos, a língua de sinais (no caso do Brasil, Libras), é considerada a sua língua natural. Como a sintaxe da comunicação gestual é bastante diferente da língua falada, o aprendizado do português, mesmo na sua forma escrita, apresenta tantas dificuldades quanto o aprendizado de qualquer outra língua estrangeira.

39- A palavra "adolescente" vem do particípio presente do verbo em latim adolescere, crescer. Já o particípio passado, adultus deu origem à palavra "adulto". Em português, as palavras seriam equivalentes a "crescente"e "crescido", respectivamente. Apesar de consideramos a fase da adolescência uma "invenção sociológica" relativamente recente, a palavra adolescente é cerca de cem anos mais antiga do que a palavra adulto. (Fonte: Word and Phrase Origins, de Robert Hendrickson)

40- A palavra absurdo, cognata em muitas línguas, é um termo que veio da música. O seu orifginal em latim significava "fora do tom ou de harmonia". Foram os romanos os responsáveis por começar a usar a palavra com o sentido figurativo que conhecemos hoje.

41- Há cerca de 2.796 línguas no mundo, divididas em pelo menos 60 famílias. Isso sem contar os 8.000 dialetos ou variantes. Esse número tende a diminuir, entretanto, devido à aproximação de países e culturas via globalização.

42- Oxalá! (em castelhano, ojalá! ) , que tem origem na expressão árabe “ua xá illáh, que quer dizer "e queira Deus!” Outra curiosidade:em português e espanhol, as palavras derivadas do árabe conservaram em geral o artigo al, ao contrário do que aconteceu noutras línguas. Assim, dizemos alcaparras (em português e castelhano), mas os franceses dizem câpres e os italianos capperi. Dizemos alcatrão (alquitrán em castelhano), mas em francês diz-se goudron e em italiano catrame. Fonte: http://arlindo_correia.tripod.com/101001.html

43- A palavra náusea vem de naus, que em grego quer dizer navio. Nausia era, a princípio, a palavra grega que designava enjôo em alto mar. Foi "importada" por outros idiomas (português, espanhol, inglês, francês e italiano) significando qualquer mal-estar estomacal que induza ao vômito.

44- A palavra "cretino" tem uma etimologia um tanto surpreendente: vem de "cristão". Mas não tire conclusões apressadas! Na idade Média, em vales isolados dos alpes suíços,a ausência de iodo na comida fez surgir indivíduos deformados e com inteligência reduzida. Para que as pessoas os tratassem com compaixão, os padres lembravam que essas criaturas também eram cristãos (em francês, chrétien; no dialeto da região, cretin.) Fonte: Revista Superinteressante, dez/2001.

45- Etimologicamente falando, todas as mães (e pais) são, em essência, pedagogos. O termo pedagogia vem do grego paidós (criança) e agodé (condução). O pedagogo é aquele, portanto, que conduz crianças. Andragogia seria um termo mais preciso quando nos referimos à educação (ou condução) de adultos.

46- Como muitos já sabem, a expressão "L.A." é uma abreviatura de "Los Angeles". O que quase todos desconhecem é que também "Los Angeles" é uma forma bem abreviada do nome original da cidade: El Pueblo de Nustra Señora la Reina de los Angeles de Porcinúncula". Ou seja, entre o nome original e o apelido "L.A", lá se vão 52 letras. (Fonte: The facts on File Encyclopedia of Word and Phrase Origins).

47- Até os cachorros falam línguas diferentes, ou pelo menos os seus donos ouvem línguas diferentes quando eles latem. No Brasil, as pessoas dizem que os cães fazem "au, au"; na Tailândia, que fazem "hong,hong", na Argentina, "gua-gua", no Japão, "won-won", e nos Estados Unidos, "bow-wow". A questão é... será que cachorros de diferentes nacionalidades se entendem?

48- Embora quase metade das palavras em inglês tenham origem latina, poucas foram incorporadas durante os quase 400 anos de ocupação romana da Grã Bretanha (anos 43 a 410). A grande maioria das palavras de origem latina foram introduzidas na língua inglesa durante e depois da renascença.

49- O oceano Ártico tem esse nome por estar situado sob a constelação Ursa Menor, no Pólo Norte. Arctus é urso, em grego. Já o continente Antártico, mais comumente chamado Antártida, em português, é o que está em oposição ao Ártico (portanto, anti-ártico) no Pólo Sul.

50- A palavra morfina, que, como vários outros termos médicos, é cognata em diferentes idiomas, obteve seu nome de Morfeu, deus dos sonhos. O nome Morfeu, criado pelo poeta romano Ovídio, vem do grego "morphe", que quer dizer "forma". O nome seria, portanto, uma alusão às formas que enxergamos nos sonhos.

Fonte: http://www.linguaestrangeira.pro.br/index.htm
Pesquisa e texto de Vivian Magalhães

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Religião - mitos e deuses


Na Antigüidade o Ser Humano desejava explicar a Natureza e os fenômenos naturais. Então, dava nomes ao que não podia explicar e passava a considerar os fenômenos como "deuses". O trovão inspirava um deus, a chuva outro. O céu era um deus pai e a terra, uma deusa mãe e os demais seres, seus filhos. Criavam histórias e aventuras que explicavam de forma poética e profunda o mundo que o rodeava. Estas "histórias divinas" eram passadas de geração para geração e adquiriam um aspecto religioso. Estes aspectos recebem o nome de "mitologemas", a um conjunto de mitologemas de mesma origem histórica, dá-se o nome de "mitologia". Aos mitos se uniam ritos que renovavam os "mistérios". O rito torna ato um mito que se faz representar em seu simbolismo encarnado nos "mistérios". Ao conjunto de ritos e símbolos que cercam um mitologema dá-se o nome de "ritual". Ao conjunto de rituais e mitos com origem histórica comum dá-se o nome de "religião". À religião sempre se unem preceitos ético-morais chamados "doutrinas religiosas".

MITOLOGIA GRECO-ROMANA


Para os gregos, a mitologia era religião, os romanos também a consideravam assim e estes se apoderaram da grega e a fizeram sua. Por isto, depois do cristianismo, passou-se a considerá-la como uma mitologia única dos dois povos. Portanto greco-romanos é o adjetivo, no plural, para tudo o que for comum aos gregos e aos romanos. Os deuses gregos tinham suas histórias narradas pelos poetas, como Homero e Hesíodo. Eles eram apresentados como seres semelhantes aos humanos, mas com poderes sobre-humanos. Eles eram os senhores da natureza. Podiam metamorfosear-se no que quisessem. Mandavam raios, chuvas, tempestades e furacões. Mas os homens podiam consultar o oráculo para saber sobre o seu destino. Os gregos e os romanos construíram templos para os seus deuses. Nestes templos eles faziam orações e preces. Às vezes eram feitos sacrifícios de animais e outras oferendas. Eles também guardavam um período especial do ano para fazer festas dedicadas a um determinado deus.

OS PRINCIPAIS DEUSES DA MITOLOGIA GRECO-ROMANA


O que se diz de mitologia greco-romana é mais a história dos deuses do que a experiência mítico-religiosa dos gregos e romanos. Alguns deuses cultuados pelos gregos e romanos:

Caos - o princípio, o vazio, o ilimitado e indefinido.
Gaia - (Gaea) ou Titéia , a Terra, a “mãe natureza”.
Cronos - ou Saturno, o senhor do tempo.
Prometeu - quem deu o fogo dos deuses aos homens
Hades - ou Pluto (Plutão), o senhor dos infernos
Possêidon - ou Netuno, é representado com seu tridente é o senhor dos mares.
Zeus- ou Júpiter, deus da luz e do céu.
Hera - ou Juno (Olímpia), esposa de Zeus, protetora do casamento e senhora dos partos.
Deméter- ou Ceres, da agricultura e das colheitas ensinou os homens a arte de cultivar a terra.
Ares - Marte também conhecido como Marte, o deus da guerra.
Hefestos - ou Vulcano, deus do fogo, da metalurgia e das fornalhas, artesão dos deuses.
Apolo - ou Febo, deus das artes, músicas e poesias.
Ártemis - ou Diana, deusa da caça.
Afrodite - ou Vênus, deusa do amor e beleza física, é a patrona dos amantes e apaixonados.
Atena - ou Minerva, a deusa da sabedoria e do bom senso.
Dioniso - ou Baco, deus do vinho e do delírio místico.

ALGUNS MITOS


Fênix
Segundo a mitologia grega, a Fênix é uma ave que não se alimenta de frutos ou de flores, mas de incenso e de raízes odoríferas. Depois de já ter vivido por cinco séculos, constrói para si um ninho na copa de uma palmeira ou sobre os galhos de um carvalho. Faz ali um estoque de lírio-da-índia, nardo e mirra, e com essas substâncias edifica e acende uma fogueira sobre a qual se coloca, a fênix morre e a partir dos seus restos mortais surge uma nova fênix. Quando a mesma cresce e adquire forças o bastante, ela ergue o ninho que está na árvore (que ao mesmo tempo é seu berço e sepultara de sua mãe), e o carrega até a cidade de Heliópolis no Egito, depositando-o no templo do Sol.

As gréias e as gordonas
As gréias e as górgonas eram monstros da mitologia grega. As gréias eram um pouco mais pacíficas, trata-se de três irmãs que tinham cabelos grisalhos desde o nascimento. Já as górgonas eram mais assustadoras, possuíam dentes de javali, garras de bronze e cabelos de serpente, a górgona mais famosa de toda mitologia foi Medusa. Como esses seres, exceto Medusa, não aparecem muito nas histórias da mitologia, os escritores acreditam que esses monstros eram na verdade, personificações de terrores marítimos.

Ártemis
A deusa grega da floresta e da caça, filha de Zeus e irmã gêmea de Apolo. Ela era amada em especial pelas Ninfas, com as quais dançava freqüentemente nas florestas. Ártemis era apaixonada por Orion, filho de Posseidon, pois ele também era um caçador como ela. Porém Apolo não simpatizava com ele e muito lhe desagradava à afeição da irmã pelo jovem. Deste modo, certa vez que Orion estava mergulhado na água e somente sua cabeça aparecia, Apolo, mostrou aquele objeto escuro para Ártemis, desafiou-a em acertá-lo. Sem imaginar que se tratava da cabeça de seu amado, ela acertou-a com sua flecha. Momentos depois, as ondas trouxeram o corpo de Orion até a praia e Ártemis, em sua dor, não queria que seu amado desaparecesse para sempre, então resolveu colocá-lo entre as estrelas do céu, onde ele aparece como um gigante com cinto e espada.

Medusa
A Medusa é uma figura do mundo mitológico da Grécia Antiga. Representada por uma mulher com enormes serpentes na cabeça, possuía também presas de bronze e asas de ouro. As lendas e mitos gregos contavam que ela tinha o poder de transformar em estátuas de pedra as pessoas que olhassem diretamente em seus olhos. Era uma das três irmãs górgonas, porém, ao contrário das outras duas (Euriále e Esteno), Medusa era mortal. Era filha de Ceto e Fórcis (divindades marinhas). Assim como suas outras duas irmãs, foi transformada em monstro pela deusa Atena. Todos tinham muito medo da Medusa. Ela habitava o extremo ocidente da Grécia, em companhia de suas irmãs.
Na mitologia grega, Medusa foi morta pelo herói Perseu. Usando seu escudo de bronze bem polido, olhou para ela através do reflexo para não ser transformado em pedra. Após decaptá-la, entregou a cabeça à deusa Atena, que a fixou ao seu escudo.

PORQUE MITOLOGIA


Há dois principais motivos que fazem da Mitologia grega a mais estudada das mitologias: sua racionalidade e sua importância histórica como base da Civilização Ocidental. Diferentemente das religiões persas, que acreditavam que o Universo era fruto da guerra do Bem contra o Mal,os gregos criaram uma visão de mundo cujas leis fossem estáveis e confiáveis. Apareceram então os conceitos de "Ordem do Mundo" (Kosmos) e de "Natureza" (Physis), que os afastou das "trevas" da incerteza e da ignorância. O "Chaos" cedeu lugar ao "Kosmos" e nele reina necessariamente uma natureza lógica, previsível e estável.

BIBLIOGRAFIA:


http://www.brasilescola.com/mitologia/mitologia-romana.htm
http://www.scribd.com/doc/2259353/Mitologia-Greco-Romana
http://www.brasilescola.com/mitologia

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

MONÓLOGO DAS MÃOS - Ghiaroni (imortalizado por Procópio Ferreira)


Para que servem as mãos? As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......

As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidia a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pos ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões;
os remédios e os venenos;
os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos. As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do «Homo Rebus» lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz! Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza;
doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com as mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar.
Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.